A bebê de um ano baleada na cabeça pelo próprio pai durante um feminicídio em Itaporanga, Sertão da Paraíba, está respirando sem ajuda de aparelhos, segundo informou a equipe médica do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, nesta terça-feira (16).
A vítima segue internada em observação na UTI pediátrica desde que foi levada ao hospital, em estado gravíssimo, no dia 29 de junho, mesmo dia em que sua mãe, Cláudia Kell de Oliveira Miguel, de 28 anos, foi assassinada, e passou por procedimentos cirúrgicos.
A médica Noadja Cardoso explicou que o projétil entrou pela região frontal da cabeça e que foi necessário retirar parte do crânio da criança para aliviar a pressão no cérebro. Ela destacou que, apesar da gravidade do ferimento, a bebê apresentou melhora significativa.
Segundo a profissional, após o procedimento, a bebê retornará à UTI, onde continuará sendo acompanhada pela equipe médica para manter a estabilidade hemodinâmica. A criança está sob os cuidados da tia, Adriana de Oliveira, que relatou a dor emocional diante do caso e reafirmou o compromisso com a recuperação da sobrinha.
"Vou ficar até o final para levar ela pra casa, se Deus quiser. A justiça faz o trabalho dela, mas a gente acredita na Justiça de Deus”, afirmou Adriana.
Outros três filhos de Cláudia Kell, mãe da bebê, estão com os avós maternos.
Santa Rita 1 com G1