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Alimentação: como deve ser a rotina de quem trabalha de dia e estuda à noite?

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Na correria de quem divide o dia entre trabalho e estudo, o descuido com a saúde é frequente, principalmente no que se diz respeito à alimentação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), crescem, a cada dia, os números da população que estuda e trabalha. Em sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada em 2012, 13,6% da população com idade entre 15 e 29 anos, exercem essas duas funções; Incluso nessa porcentagem, a maioria que trabalha e estuda tem entre 15 e 17 anos, seguido da população entre 18 a 24 anos e por fim de 25 a 29 anos. Em meio a essa correria de cumprir os dois compromissos de estudar e trabalhar, será possível manter uma boa alimentação? E como deve ser essa rotina?


Foto: Reprodução / Francisco Neto. 
Francisco Neto está entre essa estatística. Ele sai de casa para trabalhar às 8h e só chega ao final do dia, às 23h. Consegue fazer a sua primeira refeição ainda em seu lar. Come dois pães com margarina e  toma  uma  xícara de café. Sem fazer outra refeição pela manhã, ele só come novamente às 14h. Carrega na bolsa uma marmita com seu almoço contendo, quase sempre, a mesma coisa: feijão, arroz, macarrão e carne. Mas há dias em que ele substitui o almoço por um lanche. Depois disso, no finalda tarde, ele faz um lanchinho rápido. Geralmente, come um biscoito recheadopara disfarçar a fome até que ele complete a segunda parte do seu dia: a faculdade. Echegue em casa para jantar. Mas ele confessa “A maioria das vezes quando chego em casa, como o que tiver de mais rápido, pão, bolacha, suco... e vou dormir”.

Para ele, sua maior dificuldade é comer fora de hora, além de passar várias horas à espera da última refeição que faz somente em casa. “Estou fazendo uma dieta mesmo sem pretensão, já emagreci 6 kg desde que estou tendo essa rotina”, ele nos conta.

A nutricionista, mestre em ciência da nutrição, Lavoisiana Lacerda, reconhece que é muito difícil manter uma alimentação adequada para quem não tem muito tempo para comer, mas afirma “É possível sim! Basta se organizar”.

Lavoisiana fala que, primeiramente, ter uma boa noite de sono é essencial, mas que, a principal e ‘mais importante’ atitude a se tomar é comer de 3 em 3h, e justifica que é importante para o metabolismo, para a manutenção da fome, entre outros motivos. E também, quando passamosmuitas horas sem se alimentar, o corpo fica muitas horas sem energia e acabamos ingerindo maiores quantidades de comida e armazenando mais gorduras.

As recomendações que ela dá, é que as trêsprincipais refeições, café-da-manhã, almoço e jantar, sejam feitas de forma adequada e com boa qualidade. No café-da-manhã, é importante que não falte o carboidrato e algum derivado de leite, nutrientes que são encontrados no pão (de preferência, integral), no iogurte e no próprio copo de leite. No almoço, o ideal é que não contenha excessos de carboidratos, ou seja, optar entre o arroz ou o macarrão, para combinar ao feijão - que é essencial -, é fundamental conter uma boa porção de verdura, seja ela crua ou cozida, sendo a cozida sem maionese, e também conter a fonte proteica, a carne,vermelha ou branca, preferencialmente a branca, porque é mais saudável, mas evitar que sejam fritas, prepara-las ao forno, cozida ou grelhada. O jantar, para aqueles que não têm como comer cuscuz, batata-doce, ou seja, refeições mais completas, pode ser substituído por um sanduíche natural, por tapioca, alimentos mais leves, ficando longe dos que contém farinha de trigo, e também das frituras e massas.

Imagem: Internet


Já para os lanches nos intervalos de três em 3h, como recomendado, é fácil. Basta trocar o biscoito recheado, por alimentos leves, como frutas, suco de frutas, biscoitos integrais ou doces, como o biscoito Maisena, as barras de nutrientes e de cereais. A nutricionista ressalta que a indústria está cada dia mais possibilitando essa inserção de bons alimentos, a exemplo de sucos sem açúcar e agrotóxicos, e também os alimentos integrais, como biscoitos e barras de cereais light.

Uma rotina de boa alimentação para quem estuda e trabalha é possível e não só para manter o peso, por valores estéticos; é ainda mais importante para precaver doenças causadas pela má alimentação, como a obesidade mórbida, diabetes, pressão alta e doenças crônicas. “Uma boa qualidade de vida é fruto de uma boa alimentação aliada a exercício físico, quando possível, mas possibilitada pela organização”, conclui Lavoisiana.

Andrêza Andrade

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