A Polícia Militar da Paraíba recebe por mês cerca de 70 mil ligações telefônicas por meio do Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop), o que representa uma média de 2.300 por dia. No entanto, 60% desse total são telefonemas com informações falsas ou 'brincadeiras', os chamados trotes. Os dados são de um levantamento feito pelo próprio Ciop.
O comandante do Ciop, major Marcos Benevides, afirma que essa prática atrapalha muito o trabalho da Polícia Militar. “Enquanto alguém gasta tempo no telefone enganando o telefonista, alguém que realmente tem uma denúncia para fazer tem que ficar na espera para que a linha desocupe”, ressalta.
O levantamento do Ciop aponta que apenas no mês de agosto foram registrados 42 mil ligações falsas. E o major Benevides apresenta um outro dado alarmante: em dois meses, 40 números juntos passaram 11 mil trotes. Entre estes telefones está um que liga em média 28 vezes para a Polícia Militar diariamente. “Estou encaminhando ao secretário de Segurança Pública a relação com esses números para que ele designe um
A Paraíba tem pelo menos três leis elaboradas com o objetivo de reduzir a incidência de trotes telefônicos, não só para a polícia, mas também para outros órgãos de segurança. Elas estabelecem punições contra os infratores e a realização de campanha educativa sobre a gravidade de se fazer ligações falsas para órgãos de segurança e também de saúde.
O major Marcos Benevides defende as campanhas educativas como solução contra os trotes.
Só que, diferente das leis, o comandante do Ciop acha que essa iniciativa deve acontecer em meios de comunicação. “Vamos buscar fazer uma campanha para conscientizar a população. Esse é o primeiro passo. O segundo passo é identificar as pessoas que passam trotes. Precisamos acabar com essa prática, pois cada dia aumenta o número desse tipo de ligação”.
Só que, diferente das leis, o comandante do Ciop acha que essa iniciativa deve acontecer em meios de comunicação. “Vamos buscar fazer uma campanha para conscientizar a população. Esse é o primeiro passo. O segundo passo é identificar as pessoas que passam trotes. Precisamos acabar com essa prática, pois cada dia aumenta o número desse tipo de ligação”.